Com a média de 1,2 mil atendimentos mensais, 97 colaboradores, quatro ambulâncias – uma de atendimento avançado –, dois veículos para transporte simples e duas motolâncias, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) completou 14 anos de atividades em Pelotas. Só em 2018, a atividade soma mais de 14 mil atendimentos.

Nesta conta não entram as 34.804 regulações realizadas no mesmo período, oriundas de 11 municípios da região. Para marcar a data, a direção do Samu realizou nesta terça (27) uma confraternização que reuniu os colaboradores do serviço e a prefeita Paula Mascarenhas.

Ela aproveitou para conhecer a nova infraestrutura do Serviço Móvel, que agora funciona no prédio da UPA Bento, localizada na avenida Bento Gonçalves. Enquanto caminhava pelos espaços mais amplos e organizados, a prefeita acompanhou o exercício das atividades das equipes de socorro.

Durante a hora em que Paula e sua equipe permaneceram no local, mais de quatro casos foram atendidos, incluindo o de uma criança que estava desacordada em casa e foi socorrida pelo Samu. O caso, segundo o médico Sergio Cioffi Traunetti, que atendeu a ocorrência, teve um final feliz devido à rapidez no atendimento prestado. “A atuação do Samu faz muita diferença. Lidamos com vidas. A rotina nem sempre é fácil, mas faço porque gosto”.

A fala dele é reforçada pelo condutor socorrista Gilberto Padilha Almeida, 59 anos, o mais antigo colaborador do Samu, onde trabalha desde a fundação, em agosto de 2005: “É gratificante fazer esse trabalho, salvar uma vida, ver outra nascendo. Não tem preço.” Além da prefeita, participaram das comemorações o vice-prefeito Idemar Barz, o atual secretário de Saúde, Leandro Thurow, e a futura gestora da pasta, Roberta Paganini Lauria Ribeiro.  

Números registrados
Até julho de 2019, 8.222 usuários haviam sido socorridos pelas equipes do Samu, após a regulação de 19.848 ligações. Do total de atendimentos realizados de janeiro de 2018 a julho de 2019 – 22.450 –, 12.396 foram casos clínicos, 6.358 eventos traumáticos, 3.317 situações psiquiátricas, e 379 obstétricas. Na contramão da vida, o número de trotes também foi grande, com 15.059 falsos pedidos de socorro em 2018 e 6.366 de janeiro a julho de 2019.

Segundo a coordenadora do Samu, enfermeira Sabrina Lima, a quantidade enorme de chamadas de ocorrências inverídicas e o fato das pessoas não entenderem o objetivo do Samu ainda são um grande empecilho a uma atuação mais efetiva. “Já aconteceu de sairmos para atender uma situação e constatar que era um trote, atrasando o socorro de um caso real. Ou então, a pessoa liga, dá vários sintomas significativos e, ao chegarmos lá, constatamos uma dor de dente. Por incrível que pareça, isso ainda acontece e é um desafio diário separar o que merece ou não atenção”, explica.

Conheça o Serviço
Com equipe composta por médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem, condutores, telefonistas e equipes administrativas, o serviço é um braço fundamental da rede pública de saúde, atuando 24h na resposta aos casos de urgência. Destaca-se a atuação ágil dos responsáveis pela regulação, tipo de filtro que define os casos que serão atendidos – conforme critérios médicos específicos – e orienta a população quanto às demais situações. 

Atualmente, o Samu de Pelotas faz a regulação do atendimento para dez municípios da região além de Pelotas. São José do Norte, Pinheiro Machado, Canguçu, São Lourenço do Sul, Capão do Leão, Arroio Grande, Santa Vitória do Palmar, Santana da Boa Vista, Jaguarão e Piratini estão na área de atuação do Samu pelotense.